terça-feira, fevereiro 07, 2006

Um pacote de batata frita

Já alguma vez, assim por acaso, num período "morto" da vossa existência, pararam para pensar como se desenrola a "vida" (?) de um pacote de batata frita? É algo que nos pode encher de compaixão, de ternura e até mesmo fazer-nos desistir de atacar de forma selvagem tão delicioso repasto.
Tudo começa com o cultivo: o deitar das sementes na terra; o tratamento cuidado para que todo o processo corra da melhor forma; até que o produto começa a surgir, forte e viçoso, preprando-se para o seu destino cruel. Dá-se a colheita e as batatas seguem para o complexo industrial onde serão impiedosamente descascadas, cortadas, entre outras torturas que até tenho pena de referir...
Entretanto submetem-nas ao terror: a fritura em óleo. Aquele óleo viscoso, sujo, imundo, mas que para o banal ser humano é algo de mítico. São empacotadas sem qualquer misericórdia e seguem para o posto de venda: um qualquer supermercado, área de serviço ou outro qualquer estabelecimento por esse mundo fora.
É aí, então, que se dá o momento crítico. Elas sabem, dentro do seu ilustre pacote, que a sua vida irá ter uma curta duração. Se não sabem, pelo menos desconfiam... (espero eu, coitadas!) A qualquer momento poderá chegar um indivíduo com uma fome insaciável e definir o destino final das nossas amigas: um estômago medonho, mas não sem antes, como é óbvio, serem torturadas (mais uma vez!) por dentes mal lavados, cheios de escorbuto ou outra peste perigosa. Findo o processo de deglutição, a casa que acolheu estas nossas amigas nos curtos instantes da sua vida - o pacote - é largado a céu aberto, sem comiserações nem sentimentos de culpa. Depois o transeunte assiste à poluição ambiental, visível aos olhos de todos.
Peço desculpa por esta tortura visual em forma de post, mas apoderou-se de mim uma compaixão pela "vida" destes "seres" e das suas respectivas "habitações". Aproveitem e percebam o que uma espera de 15 minutos pelo comboio pode provocar nas pessoas. Bastou-me ver um pacote a esvoaçar pela linha e deu nisto...
Batam-me, esfolem-me, mas deixem-me vivo, se faz favor.

A Gerência agradece.

6 comentários:

Anónimo disse...

Pois bem...acho que tenho de te agradecer por não voltar a comer batatas fritas de pacote!!lol*muah*

Anónimo disse...

lol grande post ;) o que um pacotinho d batatas pode provocar nessa mente :p mas n penses k é assim k me vais fazer deixar de comer "muntas muntas" batatinhas eheh bjo

Anónimo disse...

Obrigada pela visao nojenta logo pela manhã =)

lolol

beijo magico da bruxinha má*

Anónimo disse...

agora fiquei com remorsos... sim k eu ja ataquei algumas hoje :S

muito giro o post

beijokaaaaaaa

Cynath disse...

Hmmmm... E eu achar que o maluco de serviço era eu...
Tens os teus privilégios de me criticar revogados meu caro!

Anónimo disse...

é incrivel como poucas horas dps de escreveres este comovente texto te atiras (literalmente) às batatas fritas grátis da tuna!sim! akelas k n era suposto nos comermos.será k o facto dakelas batatas não se venderem e se darem as torna menos humanas?? ou menos batatas?? N!!! só devia aumentar o respeito e o carinho k devias ter por elas. batatas k deram a vida pela nossa frek de estatistica... és desumano catalão.