domingo, abril 30, 2006

Pessoa e as pessoas

Aviso-vos já que o teor deste post não justifica o relevo que lhe estou a dar. Aliás, nem sei porque escrevo isto, talvez por ter mil e uma coisas para fazer a única que me ocorre é escrever aos nossos caros leitores. No fundo, o que eu quero mesmo é contar-vos um episódio ao qual assisti ontem à noite.
Estava eu junto à Brasileira do Chiado (o café, não uma mulher da dita nacionalidade) à espera do meu companheiro de café quando, sem me aperceber completamente do sucedido, principia uma agitação anormal junto da estátua de Fernando Pessoa. Não sei bem porquê, mas o que é certo é que se criou uma espécie de efeito "bola de neve" e o que começou com uma brincadeira de uma criancinha tornou-se uma corrente de estupidez, apenas ultrapassável pelo cordão humano que se criou no Euro'2oo4 (neste caso não pela estupidez, mas pela dimensão).
Passo a explicar: num primeiro momento, os habituais flashes que os "cámones" costumam disparar contra este nosso símbolo nacional deram lugar a ataques algo impertinentes de duas criancinhas que o rodearam. Palmadas no chapéu (para confirmar se era mesmo de bronze e, por conseguinte, duro), carícias na mão (gelada, por sinal) e outros gestos menos próprios para a situação em causa foram apenas alguns dos exemplos do que o povo "tuga" é capaz de fazer ao grande Pessoa.
Às pequenotas sucederam duas chicas castellanas, muito alegres, que por pouco não encheram de beijos a obra do Mestre Lagoa Henriques. Finda a histeria, foi a vez de uma típica família nuclear invadir aquele espaço para 'roubar' ao nosso amigo mais uma(s) fotografia(s).
Entretanto, o meu compincha chegou e, num acto pecador, virei costas a Pessoa e sentei-me na esplanada para apreciar o café e os vários dedos de conversa que fluiram noite dentro.

Peço desde já a quem eventualmente possa vir a pensar erguer uma estátua em minha homenagem que opte por uma destas duas soluções:
  1. Simplesmente não o façam! Poupam o vosso tempo e a vossa dedicação e evitam que o meu descanso eterno seja perturbado por criaturas inferiores
  2. Se estiverem mesmo decididos em fazê-lo, sigam exemplos como a estátua do Marquês de Pombal, que, regra geral, só é incomodada quando Benfica ou Sporting comemoram um título, coisa que feliz e infelizmente (pela ordem referida) não sucede com tanta frequência como seria de esperar à partida, dada a sua altitude. Por isso, edifiquem-na bem lá no alto!

Obrigado pela atenção (e, se possível, pela estátua).

P.S. - Afinal o teor do post vale mesmo a pena...

terça-feira, abril 11, 2006

Back!

Senhoras e senhores... É com prazer que anuncio que a nova geração está absolutamente de volta. Antes de mais dedico esta pequena divagação a uma querida amiga nossa que fez anos ontem: Carina, mais uma vez muitos parabéns!

No outro dia estava a jantar no colombo, com uns quantos amigos, (entre os quais o meu colega colaborador Mike) quando me voltei a deparar com uma dúvida existencial recorrente ao ir pedir um hamburger ao Mcdonald's: os pickles.
Não me levem a mal, isto não foi algo que me surgiu de repente. Eu e os pickles sempre tivémos um certo mau clima entre nós.
Nunca gostei deles, nunca gostarei!

Aliás, para ser franco, demorei imenso a conseguir perceber exactamente o que eles eram quando eu era mais novo. Primeiro tinha a ideia de que era o nome do vegetal verde parecido com o pepino e que tinha de ser conservado num jarro cheio de um liquido francamente estranho por alguma razão divina; mais tarde como nesses frascos também havia cenouras e couve flor fiquei mais confuso. Acabei por adoptar ao termo pickles a seguinte definição: vegetal que por alguma razão obscura foi dessecrado ao ponto de perder todo o seu sabor original, tendo sempre o mesmo sabor, não interessa qual a sua família.

Voltando ao que interessa, pickles nos hamburgers!
Para mim é um mistério o porquê das grandes companhias terem decidido ser uma óptima ideia tornar os pickles num elemento base de um hamburger, não faz absolutamente sentido nenhum!
Um hamburger é um bocado de carne. Um hamburger vendido como fast food é geralmente um bocado de carne entre duas fatias de pão. Passar desse ponto a colocar também um temperozinho é um passo lógico. Daí podemos explorar várias nuances sobre a forma de diferentes tipos de hamburger: hamburger com queijo, com bacon, com alface e tomate, com tudo o que se possa imaginar. Mas o ponto fulcral é que fora aqueles elementos básicos, é o público que escolhe o tipo de hamburger que quer.
Menos os pickles! Esses estão em todos os hambugers. E o mais cómico é que pelo menos 60% da população odeia-os!
Decididamente a alguma altura na evolução natural das cadeias de fast-food, algo correu extremamente mal...

Numa notícia completamente não relacionada com a primeira, ando a pensar em criar uma daquelas linhas para que o público que vê televisão possa telefonar, pagando uma módica quantia. A minha ideia era fazer algo seguindo esta linha de pensamento:

Nós no "Só lês se quiseres" achamos que as pessoas são tão estúpidas que nos deviam pagar para ouvirmos as suas opiniões. Não concorda? Então ligue para o 800-696969 e diga-nos o que pensa! (2€ a chamada)"

Creio que vai funcionar. Não concordam? Deixem o vosso reply e digam-me o que pensam! (grátis, por agora...)

E o mundo inteiro cairá aos nossos pés.

segunda-feira, abril 10, 2006

As nossas desculpas

Pedimos sinceras e sentidas desculpas pela nossa ausência, mas tem sido de todo impossível para nós actualizar este espaço. Andamos fugidos da PJ e da AFP (Associação Fonográfica Portuguesa), a propósito dos downloads ilegais de música. Encontramo-nos, por isso, fora do país, mais propriamente num sítio onde o sol não brilha. Contudo, nem todas as notícias são más. Tenho ali uma lista de músicas novas que acabei de 'sacar'. Se estiverem interessados digam qualquer coisa...









...mas cuidado, eles "andem" aí...